A riqueza da vida é ajudar uns aos outros

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Mais uma vez me inspirei em uma frase de Confúcio para escrever a postagem de hoje. Segundo ele, “a verdadeira riqueza do homem, resume-se naquilo que ele faz pelos outros.”

Ou seja, a verdadeira riqueza do homem não é medida pelo dinheiro ou bens materiais que ele acumula ao longo da vida, mas sim pelas experiências, relações e valores que ele adquire e compartilha.

Essa ideia faz completo sentido para mim e é reforçada pela noção que adquiri no passar dos anos, de que não construímos coisas para benefício próprio, mas para proporcionar bem-estar aos que estão ao nosso redor. Generosidade, compaixão e empatia são valores fundamentais para um amadurecimento saudável, equilibrado e próspero.

Ao ajudar os outros, seja por meio de ações solidárias, compartilhamento de oportunidades ou simplesmente oferecendo um ombro amigo, você está contribuindo para a felicidade e o bem-estar de outras pessoas. Além disso, essa atitude também é benéfica para você, pois ajuda a desenvolver um senso de propósito e significado na vida.

Embora o dinheiro possa trazer conforto, segurança e ativar não pode substituir o valor das relações humanas.

A riqueza de maior valor que podemos ter é a qualidade de conexão que conseguimos estabelecer com as pessoas que nos rodeiam, e isso inclui familiares, amigos e parceiros de trabalho ou empreendimentos. Anota isso aí que é bem importante: a habilidade de construir relacionamentos significativos também é uma forma de riqueza.

Hoje em dia percebo que anda em desuso uma prática que sempre gostei muito de fazer desde os tempos da adolescência, lá pelos idos da segunda metade dos anos cinquenta: sair para filosofar com os amigos.

Filosofar com os amigos sempre foi uma atividade que me trouxe muitos benefícios. Desde os meus 13/14 anos, meu pai já me permitia sair com os meus amigos à noite, após o jantar, que na minha casa era servido cedo, por volta das 19h.

Nós íamos para os bares da moda*, que chamávamos carinhosamente de “nosso bar” para “jogar conversa fora”, como se dizia à época, mas na verdade nós íamos filosofar. Era uma oportunidade de compartilhar ideias, expandir horizontes e aprofundar conhecimentos sobre diversos assuntos. Além disso, era uma forma de exercitar o pensamento crítico e a capacidade de argumentação.

(*Bares e restaurantes da moda: Bar Brahma, Restaurante Pandoro da Avenida Cidade Jardim, Brasserie Victória, Gigetto Restaurante, Restaurante Bolinha e Camelo Pizzaria.)

Antigamente, as pessoas pareciam ter mais tempo para se reunir e conversar sobre questões filosóficas. O diálogo era uma forma de obter conhecimento e de se conectar com outras pessoas. Hoje em dia, com a correria do dia a dia e a predominância da tecnologia, essa prática parece restrita a um seleto grupo de pessoas.

Mas voltando à verdadeira riqueza, nesses inúmeros encontros filosóficos que tive pela vida a fora, fui descobrindo que ela está completamente relacionada ao conhecimento que fui adquirindo ao longo da vida.

A capacidade de aprender, crescer e me desenvolver como pessoa é algo que não tenho como precificar. Sempre gosto de dizer, principalmente aos mais novos, que faz muito bem aprender alguma coisa todos os dias, pois isso nos desafia a crescer e evoluir.

Também acho importante sermos gratos e valorizarmos o que temos, em vez de focarmos no que falta, como tantas pessoas têm o hábito de fazer hoje em dia.

Embora o dinheiro possa facilitar a vida em muitos aspectos, proporcionar conforto, segurança e ativar a capacidade realizadora, ele não é a única forma de riqueza. Existem muitas outras que não podem ser compradas, mas sim construídas através de nossas ações e relacionamentos.

Sou muito grato pelas minhas conquistas materiais e as valorizo todos os dias por que demandaram muito esforço, muitos anos de dedicação ao trabalho, mas essas conquistas de nada valeriam, se não tivesse conquistado também uma vida repleta de significados, cercado por pessoas especiais.