Reflexões depois de uma visita à fábrica da Papirus

Tempo de leitura: 4 minutos

Hoje, sinto o coração aquecido ao compartilhar algumas reflexões sobre minha mais recente visita à fábrica da Papirus, uma empresa que considero verdadeiramente como uma filha, nascida em 1952 e que hoje tem mais de sete décadas de história.

Quando olho para trás, fico impressionado com o caminho percorrido. Saímos de uma produção de 45 toneladas por dia para alcançarmos as impressionantes 350 toneladas diárias de hoje. Mas sabe o que mais me orgulha? Não são apenas os números. São as pessoas que tornaram isso possível.

Cada colaborador, desde os veteranos que estão comigo há décadas até os jovens recém-chegados, carrega consigo um pedaço dessa história. Eles são os verdadeiros responsáveis por fazer da Papirus o que ela é hoje: uma empresa que não para de crescer e se reinventar.

Confesso que, mesmo tendo acesso a todas as informações remotamente, nada substitui estar lá, sentir a energia pulsante do ambiente, observar o trabalho de perto. É no contato pessoal, nas conversas do dia a dia, que encontramos a verdadeira essência do que fazemos.

E é por isso que nossa filosofia sempre foi se reinventar, sempre. Tanto que estamos construindo uma nova fábrica voltada para a produção de papel destinado à fabricação de copos e embalagens para congelados. Acreditamos que inovar é a chave para permanecermos relevantes no mercado.

Um encontro que tocou o coração

Recentemente, tive a oportunidade de revisitar nossa fábrica, e que emoção foi essa! Percorri todos os setores, cumprimentei equipes, vi de perto o trabalho que tanto me orgulha. Mas quando cheguei ao setor de acabamento, aquele que iniciei lá em 1972 com uma ideia revolucionária para a época, as colaboradoras estavam em seu descanso programado.

(Da esq./dir.) Rubão, Xavier, Andreia, Dante, Pupim, João, Rodrigo, Emerson e Tiago

Lembro-me bem de quando tomei a decisão de contratar apenas mulheres para esse setor. Era 1972, uma época em que pouquíssimas mulheres trabalhavam em fábricas. Mas eu acreditava, e acredito cada vez mais, no talento e na dedicação feminina. Hoje, esse setor está cheio de rostos novos, mas mantém o mesmo alto astral de sempre.

A chefe do setor, Lúcia, veio me encontrar, e que alegria transparecia em seus olhos! Disse-lhe que tinha uma irmã que se chamava Lucia e ela logo respondeu: “Nossa! Santa Lucia!” – E na sequência prosseguiu: “Que bom que o senhor veio à fábrica depois de um tempinho sem aparecer por aqui, pena que a dona Cidinha não veio com o senhor!” Prometi que na próxima visita ela viria junto, pois naquele dia, minha companheira de todas as horas não estava se sentindo bem.

Naquele momento, senti que precisava fazer algo especial. Prometi que retornaria no dia seguinte, bem cedo, num horário em que pudesse cumprimentar pessoalmente todas as mulheres do setor de acabamento. E assim fiz.

Que festa foi aquela! Rostos sorridentes, abraços calorosos, e comentários que aqueceram meu coração: “Nossa Senhora, o senhor não parece ter a idade que tem!” e tantos outros elogios que me deixaram emocionado. Esses momentos são impagáveis – são eles que dão sentido a tudo o que construímos.

Lições de uma vida

Aprendi com o meu pai a importância de valorizar cada colaborador, independentemente de sua posição. Essa lição é um legado que carrego comigo e que me inspira a continuar construindo um ambiente onde todos se sintam valorizados e respeitados.

Toda vez que entro na Papirus, a saudade dos meus pais é uma constante. Eles foram os pilares que me ensinaram a ser o homem que sou hoje, e sei que ficariam orgulhosos de ver o fruto do que plantamos juntos.

O futuro em boas mãos

Ao retornar para casa, compartilhei todas as novidades com a Cidinha, que ficou muito feliz. Ficamos particularmente animados ao ver a energia e inovação que os jovens colaboradores trazem para nossa equipe. Eles representam o futuro da Papirus, e estamos ansiosos para ver como suas ideias e entusiasmo moldarão nosso caminho.

A vida é feita de ciclos, e cada um deles nos ensina algo valioso. Que possamos sempre valorizar as relações que construímos ao longo do caminho e lembrar que, por trás de cada sucesso, existem pessoas que merecem nosso reconhecimento e gratidão.

A Papirus não é apenas uma empresa, é um legado de relacionamentos, inovação e, acima de tudo, respeito pelas pessoas que fazem parte desta grande família.

Em tempo: que esta reflexão inspire outros empresários a valorizarem não apenas os resultados financeiros, mas principalmente as pessoas que tornam os sonhos realidade.

Até a próxima!

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