Copa do Mundo, competição que atrai MILHÕES

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Chegou mais uma copa e cá estou eu torcendo pelo Brasil, deixando aflorar a emoção de vibrar pelo meu país usando a camisa verde e amarela sem medo de ser feliz e sem qualquer conotação política.

Desde os meus 12 anos, já se foram 19 edições desse evento que mexe com a vida da gente e faz todo mundo ficar diante de uma tela torcendo pela Seleção Brasileira.

Os batimentos cardíacos aceleram, a mão começa a transpirar, a respiração se torna ofegante e os olhos se fixam em cada jogada, afinal não dá para perder nenhum detalhe. É, de fato, uma paixão nacional, que move pessoas de diferentes idades, religiões, classes sociais, etnias e culturas.

Na copa de 1950, o mundo ainda se recuperava dos efeitos da Segunda Guerra Mundial, quando a Fifa decidiu que seria uma boa que a bola voltasse a rolar nos gramados e proporcionou essa alegria para os povos ainda tão sofridos com o pós-guerra. 

Apesar dessa competição ter acontecido no Brasil, como ainda estávamos na era do rádio, não acompanhei todo aquele sufoco do Brasil ter perdido a final para o Uruguai, em pleno recém-inaugurado estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Devo confessar que eu nunca fui um bom jogador de futebol na adolescência, gostava mesmo era de vôlei, basquete, mas depois que fui tomando gosto por assistir a bola rolando nos gramados do Brasil e do mundo, virei mais um dos milhões de técnicos brasileiros, que sempre tem a fórmula perfeita da melhor escalação de time e estratégia de jogo.

Na copa da Suécia, em 1958, eu estava estudando nos Estados Unidos, comecei a prestar mais atenção nos jogos da Copa e vibrei muito com meus amigos cubanos, peruanos, venezuelanos e americanos quando o Brasil conquistou sua primeira estrela para estampar as camisetas de seus jogadores.

De volta ao Brasil, como estava completamente envolvido com o início da minha carreira profissional na Ramenzoni Chapéus, não me recordo de ter dado a atenção merecida aos jogos de 1962.

Em 1970, eu já tinha dois filhos e o terceiro estava a caminho quando torci muito pelo Brasil na copa do México e fiquei explodindo de alegria quando “a Seleção das Seleções” levantou a taça Jules Rimet.

Que time incrível! Poucas vezes na história do futebol mundial tantos craques se reuniram numa só equipe. Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Gérson, Tostão, Rivellino, Jairzinho e Pelé. Jogadores espetaculares que foram comandados por outra figura emblemática do futebol brasileiro, Zagallo. (Agora deu para perceber que essa foi a minha copa predileta, né?)

Depois vieram cinco copas sem título, muitas expectativas frustradas, até que conquistamos o tetra, o penta e agora chegou a vez de torcer por Neymar, Richarlison, Casemiro, Paquetá etc.

Aliás, no jogo de estreia do Brasil contra a Sérvia, o que Richarlison fez em campo nos mostrou de que não podemos jogar a toalha quando levamos um chega pra lá de alguém que quer passar à nossa frente.

Não é o tombo que nos define e sim a nossa habilidade de levantar, continuar treinando, correndo, passando a bola, marcando em cima do adversário e sentindo o ritmo do jogo. Isso é que vai nos colocar no caminho certo para fazermos jogadas mais estratégicas e acertarmos o gol.

Portanto, mesmo nesses tempos contraditórios e polêmicos que estamos vivendo, minha torcida é que o Brasil levante a taça do hexa, sim! Mas também é que continuemos batalhando por um mundo onde exista mais justiça e igualdade. Onde todos os indivíduos sejam respeitados e valorizados independente de cor, gênero, sexo, credo e posição social.

É claro que vamos torcer pela seleção brasileira, mas, acima de tudo, precisamos também torcer por um Brasil mais unido e próspero.

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