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A ideia desse post aconteceu no dia que coloquei no Google a seguinte pergunta: quem é Dante Emílio Ramenzoni?
Vieram tantas páginas, links dos meus artigos, do meu livro, que fiquei pensando que o Google já sabia mais da minha vida do que eu mesmo e pensei “esse Google deve me monitorar o dia inteiro!” – e tratei da sair dali e voltar para o mundo real.
Liguei a TV e estava passando o seguinte comercial do Banco Itaú:
Caramba!
E com a chegada da pandemia, as pessoas ficaram ainda mais dependentes dos ambientes online para dar sequência a vida e aos negócios.
Isso me fez parar para pensar: será que vai chegar o momento que a fábrica da Papirus será inteiramente automatizada?
E tão logo me fiz a pergunta, já me veio a resposta!
Claro que não!
A inteligência artificial é incrível, capaz de facilitar inúmeros processos, mas nunca vai substituir a inteligência humana. Não dá para fazer a média do intelectual dos seres humanos.
Somos ÚNICOS E INCOPIÁVEIS. (Mas podemos sempre mudar, porque a vida é plural. Ainda bem!)
Eu sou Dante. Minha esposa é a Cidinha. Meus filhos são o Marco, o Dudu, o Cláudio e a Daniella.
Não tem como fazer a média entre nós seis.
Não existe isso, portanto não tem como imaginar que possa existir inteligência artificial igual à humana. (Sem contar que sempre precisaremos de alguém para programar as máquinas!)
Tem gente que diz que a inteligência artificial é perigosa e que ela vai ficar de tal forma no comando que poderá prejudicar o ser humano, mas isso eu não tenho propriedade para falar.
O que eu posso dizer com certeza é que nós somos INCOPIÁVEIS.
Por exemplo, se alguém quiser me copiar nesse momento agora que estou escrevendo esse texto, sexta-feira, 23 de abril de 2021, daqui há duas horas eu já serei diferente, outro Dante. Com os mesmos 82 anos, mas com novas conexões de ideias que vão se transformar em novas ações. E o trabalho de cópia terá que ser recomeçado.
Mesmo outras tantas pessoas que estão espalhadas pelo mundo, que nesse momento estejam trabalhando, se exercitando ou simplesmente jogando damas, não serão as mesmas após concluir o trabalho, completar o exercício, ganhar ou perder o jogo.
(Se formos pelo lado bem-humorado, isso talvez explique por que, em anos eleitorais, os candidatos a cargos eletivos fazem suas campanhas e propagandas eleitorais em vários veículos de comunicação, como rádio, televisão e internet, prometem um monte de coisas… e quando tomam posse, eles vão se transformando em outras pessoas e esquecem todas as promessas feitas.)
O fato é que a inteligência humana não é uma máquina de cálculos, ela envolve afetividade, movimento do corpo e muitos erros (Kkkk! – No caso dos políticos, muitos erros!)
Mas, ainda bem que somos movidos pelo desejo e pela consciência da nossa própria história em longo prazo. Não dá para imaginar a inteligência humana sem estar integrada a um cérebro e um corpo.
Diferente de nós, humanos, que temos neurônios transmitindo impulsos para o nosso cérebro, que está localizado no nosso corpo e precisa de um meio ambiente para sobreviver, uma máquina processa dados sem a capacidade de dar sentido a eles.
Seguindo esse raciocínio, a ideia de que uma máquina possa substituir humanos é, de fato, absurda. É o ser vivo que cria significado, não a computação.
Nós vamos usar sim, a inteligência artificial, mas para a evolução do nosso conhecimento, das nossas indústrias, do nosso bem-estar.
Corremos perigo? Imagino que sim! Um dia um robô desses pode se rebelar e quando for entregar o sanduíche para o hóspede que está em seu quarto de hotel, em vez de cumprir sua programação, pode resolver atacar a pessoa. É um risco que estamos expostos pois a regulagem dele pode falhar.
Então, vou preferir ficar fora do convívio com robôs e continuar acreditando no potencial das pessoas. Quero seguir criando oportunidades para que as pessoas evoluam a partir de suas ideias e de seu trabalho. O mundo precisa dessa troca de conhecimento, todo mundo merece ter a chance de poder desenvolver suas atividades, produzir o seu sustento, vencer na vida.
E também vou ficar de fora dessa onda de entrar no carro e dizer “me leva para o cinema”, sem ter o prazer de comandar o meu carro para me levar para onde eu quiser.
Na minha opinião, ainda não foi descoberto nada melhor do que PENSAR!