Ser otimista ajuda a viver mais e melhor

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O tema de hoje foi inspirado por uma pesquisa realizada pela Oregon State University, nos Estados Unidos, para avaliar a autopercepção e o próprio otimismo em relação à velhice.

Segundo a pesquisa, as pessoas começam a se preocupar desde muito cedo como será a vida quando envelhecerem. E quanto mais o tempo passa, os questionamentos só aumentam: como estarei daqui a alguns anos, terei amigos, serei saudável, ativo, rabugento, solitário, dependente dos outros para atividades do dia a dia, será que as pessoas vão prestar atenção no que eu falo, no que eu penso?

A pesquisa analisou se o grau de otimismo com que uma pessoa avalia se está conseguindo se tornar o que desejava ser ou no que mais temia ser pode influenciar no futuro dessa pessoa.

Os participantes disseram se concordavam ou discordavam de afirmações como: “as coisas estão piorando conforme eu envelheço”, “eu tenho tanta energia quanto no ano passado”, “quando envelhecer serei menos útil”, “em tempos de incerteza consigo esperar pelo melhor”?

Pois bem, esse estudo concluiu que a forma como alguém avalia como será sua velhice pode influenciar no futuro e que as pessoas otimistas levam a melhor porque conseguem encontrar sua melhor versão em cada fase vivida.

E eu concordo plenamente com isso, porque não podemos esquecer que mente e corpo caminham por toda a vida interligados. Se temos planos para alcançarmos determinados patamares desejados para nossa vida e nos tornamos exatamente naquilo que tanto temíamos, as consequências para a saúde física e mental podem ser desastrosas.

Quem quer ficar doente, rabugento, viver contrariado(a) com a vida?

Ninguém!

Eu sempre acreditei que as pessoas otimistas vivem melhor e a força da mente é um fator inquestionável. Por isso me esforcei e continuo me esforçando todos os dias para buscar o lado positivo dos acontecimentos, para educar a minha mente a interpretar que o quer que aconteça, será sempre o melhor para aquele determinado momento.

Quando somos otimistas diante da vida, a vida corresponde.

Não é à toa que brinquei com o meu filho que eu vou viver 120 anos. Se isso vai de fato acontecer é algo que não me preocupa. Minha preocupação é viver 120 anos bem e de bem com a vida.

Mas para que isso aconteça, eu tenho que me cuidar: consultar médicos de diferentes especialidades, monitorar o funcionamento dos meus órgãos periodicamente para manter a carcaça em ordem, ir ao dentista, oftalmologista, cuidar dos pensamentos, dos relacionamentos, da minha história e do legado que quero deixar.

Preciso também curtir as minhas coisas do jeito que for possível. Por exemplo, comprei uma moto já faz um tempo, ela continua com apenas 10 KM rodados porque ainda não tive a oportunidade de sair com ela do jeito que gosto e em segurança.

Isso me aborrece? Nem um pouco. Não dá para andar de moto do jeito que eu gosto? Eu desço na garagem, tiro a capa dela e fico namorando cada detalhe, imaginando como vou curtir a primeira oportunidade que tiver para sair por aí na companhia dela.

A pessoa que é otimista tem muito mais chance de realizar sonhos e se transformar no que realmente deseja ser do que aquela pessoa que só passa a vida inteira reclamando de tudo e de todos ao redor.

Então acho muito válido começar a pensar em ser o que você quer ser desde cedo, porque caso isso não aconteça, o nível de irritação e frustração consigo mesmo pode alcançar índices elevados e resultar em uma velhice solitária, triste e, pior dos mundos, culpando quem estiver ao redor.

Outra coisa que é muito importante e que na minha opinião faz parte do DNA da pessoa é não ter preguiça de realizar as atividades que precisa realizar para atingir os objetivos traçados para a vida.

Os entusiastas dos verbos produzir, realizar, efetivar, amar geralmente são pessoas positivas, que não desistem de suas metas, de suas ideologias, dos seus amigos, dos seus familiares; enquanto aqueles que vivem deixando tudo para depois, são preguiçosos no desempenho de suas tarefas ou só enxergam o lado negativo das coisas, esses em pouco tempo entram em parafuso, acabam caindo em depressão e a jornada se encurta antes do tempo regulamentar.

A gente precisa ter boa disposição para estudar, trabalhar, conversar, para estar com os amigos, fazer programas divertidos, ajudar os outros na resolução dos problemas, pcompartilhar as nossas ideias, o nosso conhecimento. Tudo isso ajuda a prolongar a vida.

A animadora americana Ruthie Tompson, artista ‘lendária’ que trabalhou mais de 40 anos na Disney, gostava de dizer que ela simplesmente trabalhava ao lado de Mickey Mouse.

Ela morreu dias atrás, dormindo, aos 111 anos e é um bom exemplo disto que estamos falando.

Ruthie era uma lenda entre os animadores e sua contribuições criativas para a Disney – de Branca de Neve e os sete anões (1977) a Bernardo e Bianca (1977) – permanecem clássicos até hoje.

Enquanto vamos sentir falta de seu sorriso e senso de humor maravilhoso, seu trabalho excepcional e seu espírito pioneiro vão ser para sempre uma inspiração para todos nós.”

Bob Iger, Presidente Executivo – Disney

A história de Ruthie ilustra bem que quem se realiza e tem prazer com o que faz, com o que conquistou e mantém alegria e positividade diante da vida, vive muito mais e melhor.

E não podemos esquecer que, até o momento, ainda não foi anunciado um processo infalível que detenha o envelhecimento ou, que faça com o nosso processo de amadurecimento possa se transformar em uma fruta suculenta, agradável de saborear ou ser uma daquelas bem ácidas, de difícil digestão.

Mas uma coisa é certa: nós é que temos esse poder de escolha.

E viver não é só estar vivo, é você poder escolher ir para onde quiser, curtir as suas conquistas, curtir os seus amigos, fazer o que te nutre, e depois, sentir aquela alegria interior imensurável de poder retornar para a base. 

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