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Há uma idade em que as palavras transbordam verdade, em que cada sílaba carrega a densidade de uma existência vivida sem medo. Aos 86 anos, renovo meu pensamento de que a vida não se mede por calendários, mas pela profundidade das coragens que cultivamos.
Renascer não é simplesmente trocar de idade. É um ato de recriação, de renovação do compromisso consigo mesmo. Não se trata de contar os anos, mas de dar sentido a cada momento vivido.
Mudei de idade, mas minha essência permanece intacta e seguem comigo três companheiras inseparáveis: coragem, autenticidade e propósito. Esse trio é imbatível!
A coragem, minha mais antiga aliada, sempre foi mais importante que a perfeição. Aprendi que ser imperfeito não diminui, antes engrandece. Cada cicatriz conta uma história, cada marca é um verso ainda não escrito no poema da existência.
Minha autenticidade é meu território sagrado. Ser eu mesmo tornou-se minha mais potente estratégia de sobrevivência. Em cada gesto, em cada palavra, em cada silêncio.
O propósito – ah, o propósito! – é o combustível que alimenta minha reinvenção constante. Aprendi com meu pai que a vida não nos interroga, ela nos convida. E eu escolho responder com gestos de coerência, com ações que ecoam meus mais profundos valores, tanto na vida pessoal como na vida corporativa.
Este novo ciclo traz um compromisso quase sagrado: menos julgamento, mais compreensão. Energia positiva não como um conceito abstrato, mas como método concreto de existência. Não se trata apenas de sobreviver. Trata-se de EXISTIR em sua mais plena potência.
“Eu não penso em morte. Eu penso em vida!”
E essa não é uma frase de efeito. É um manifesto existencial. Nasceu não do medo da finitude, mas da celebração infinita da existência. Enquanto muitos contam os dias que passam, eu cultivo os dias que virão com a mesma paixão de um jovem em sua primeira grande aventura.
A morte pode esperar. Tenho projetos para abraçar, histórias para contar, mundos para descobrir.
Aos 86 anos, compreendo que a juventude não mora no corpo. Habita no olhar, no desejo, na capacidade de se reinventar a cada amanhecer.
Viver não é aguardar que a tempestade passe. É aprender a dançar no meio da chuva, sentir cada gota, cada vento, cada vibração. E eu danço. Sempre danço.
E vou continuar buscando transformar cada segundo em experiência, cada encontro em aprendizado, cada respiração em celebração.
Olho para frente não com ingenuidade, mas com a sabedoria de quem já atravessou tempestades e sabe que o horizonte sempre nos convida a continuar. Com força. Com amor. Com esperança.
E eu quero continuar.
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Sensacional …. Palavras de sabedoria plena