Uma leitura da atualidade II

Tempo de leitura: 4 minutos

A inflação está alta? Sim! Inegável!

A moeda americana está instável? Sim. Sobe e desce, investidores chegam e daqui a pouco vão embora para onde os investimentos sejam mais rentáveis. Faz parte do mundo capitalista.

Mas não podemos esquecer que o mundo mal está conseguindo se livrar de uma pandemia, e já se encontra em um estado de alerta geral ainda mais preocupante, afinal temos a possibilidade de uma nova guerra mundial, em meio a várias guerras paralelas.

Isso aquece e muito a inflação!

Só para vocês terem uma ideia do poder inflacionário de uma guerra, em 1999, eu estava em Miami e fui encontrar o diretor do banco em que mantinha alguns investimentos para entender porque eles não estavam rendendo quase nada.

A resposta veio à queima roupa: “Por que não tem inflação. Precisamos fazer uma inflaçãozinha.”

“E como se faz isso?”

“Fazendo uma guerrinha!”

Pois bem, a Rússia está fazendo tudo isso por quê? Para aumentar o custo bélico e faturar. Ela acredita que daqui a pouco vai ser feito um armistício, o que foi destruído terá que ser reconstruído, gerando novos empregos e recolocando a economia mundial nos eixos novamente.

Zero preocupação com a vida humana. Só existe planejamento do aumento de lucratividade. Essa é a verdade.

Então, voltando ao cenário brasileiro, enquanto as coisas não se equilibrarem, a inflação vai continuar a disparar e os preços e salários precisarão ser reajustados.

Mas entendo que estamos em uma época de transição e depois da eleição presidencial aqui no Brasil, teremos um cenário econômico mais equilibrado.

Portanto, precisamos acreditar que essa crise vai passar! Falo isso baseado nos números da minha empresa. Que segue crescendo, mas também segue alinhando custos e preços no ato da negociação.

E segue também acreditando que Brasil tem muitas chances de ser o celeiro do mundo em celulose, dado sua localização geográfica privilegiada para a realização do plantio de eucaliptos, árvore considerada muito boa para a produção de papel.

(A partir de 1940, quando foi confirmada a capacidade de fazer celulose a partir do eucalipto, a produção brasileira encurtou o tempo de amadurecimento das árvores de 12 para 7 anos. Hoje já exporta 80% de sua produção.)

O Brasil é um país de terras férteis para esse tipo de plantio e com possibilidades de ter um número ainda mais significativo de árvores a serem plantadas. O eucalipto cresce em tempo recorde, 7 anos. Ou seja, é necessário um ciclo de 7 anos para conseguir produzir o papel, enquanto que no hemisfério norte, esse ciclo aumenta para 60 anos, considerando a plantação de pinus. (Nos Estados Unidos, o eucalipto é plantado em pequenas faixas, localizadas na região sul.) 

Mas não é só na área de celulose que o Brasil está indo muito bem, está aí também o agronegócio protagonizando grandes negócios.

Nos últimos 40 anos, a produção agropecuária brasileira se desenvolveu de tal forma que o Brasil é um forte candidato a se tornar um dos maiores fornecedores de alimentos do futuro.

Temos, hoje, uma agricultura adaptada às regiões tropicais e uma legião de produtores rurais conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente aliadas à produção de alimentos. Essas pessoas compõem o setor produtivo mais moderno do mundo, que vem transformando a economia brasileira.

Como dizem os entendidos no assunto, a pior terra brasileira para plantio, que é o cerrado, é comparada com a melhor terra da África.

Assim, o mundo cresce, as indústrias aumentam a produtividade, a matéria-prima aumenta, precisa-se fazer mais investimentos. Em série, todos os preços da cadeia produtiva aumentam e para o povo poder consumir o resultado dessa produção, os preços ficam inflacionados.

Isso segue um ciclo.

Se tiver uma guerra no meio do caminho, uma pandemia… tudo piora um pouco mais até chegar uma redenção. Vamos precisar ter um pouco de paciência até acertar tudo de novo.

Então quando vejo tanto pessimismo nos noticiários da TV, eu desligo o botão e vou pensar coisas mais produtivas e interessantes. Um desses pensamentos é que a única bomba que pode cair por aqui nos próximos meses é a população não votar de forma consciente nas próximas eleições. Mas, eu não creio que isso vá acontecer.

3 Comentários


  1. Olá Sr. Dante, tudo bem?
    Sou Gabriel Guarany e minha tataravó foi Therezita Ramenzoni.
    Estou tentando encontrar mais informações sobre ela, pois a informação que tinha era de ser irmã de quem fundou a fábrica de papel no entanto as informações de nomes não confirmam. Estou achando que ela era prima. No entanto gostaria de saber se o Sr. tem mais informações sobre a arvore genealógica.
    Já tentei entrar em contato com outras pessoas da família sem sucesso.
    Forte abraço
    guaranygabriel@gmail.com

    Responder

    1. Olá, Gabriel!
      Eu já ouvi falar da família Guarany, sim, porém nunca ouvi falar de Therezita Ramenzoni!
      Infelizmente não posso te ajudar.
      Um abraço.

      Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *