Café com Einstein e Dante

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Hoje o nosso bate-papo quinzenal vai ser um pouco diferente. Sinta-se à vontade, puxe uma cadeira e reflita comigo: você já se pegou, entre uma garfada e outra no almoço, ou durante o lanche da tarde, rolando o feed do celular e pensando “seria incrível explodir em sucesso como esses gurus da atualidade fazem”? 

Vivemos cercados por “cases” de realização instantânea — o app que viraliza em horas, a startup que cresce em downloads da noite para o dia, o vídeo que explode no YouTube. Mas e se, antes de mirar o holofote, acendêssemos uma luz interna que nunca se apaga?

Quem topa participar de uma atividade imaginária comigo?

Então, vamos lá! Quero que me acompanhem num cafezinho na padaria da esquina: com aquele cheirinho de pão fresco no ar, cadeira que range e, à frente, Albert Einstein, com seu cabelo em pé, olhar tranquilo, pronto para dividir um segredo com a gente.

– Professor, num mundo correndo atrás de medalhas instantâneas, faz sentido dizer “não tente ser bem-sucedido; antes, tente ser um homem de valor”?

Einstein (sorri, ergue a xícara):

– Pense no seu aprendizado, Dante Ramenzoni, como uma esteira de reciclagem.

Cada erro, plano frustrado ou crítica é recolhido, triturado e transformado em matéria-prima para fortalecer suas habilidades. Em vez de descartar o lixo, você converte cada fragmento de experiência em valor real.

– E como saber que esse processo funciona, de verdade?

Einstein (aponta para o vapor do chá):

“É como aprender a andar de bicicleta. Você cai, levanta-se, ajusta o corpo, equilibra-se e tenta de novo. Cada tombo é um feedback imediato: corrige a postura, fortifica a confiança e, pedalada após pedalada, nasce a habilidade.”

Não sei vocês, mas eu sairia desse café imaginário ainda mais resoluto de um aprendizado que me segue há muitos anos: experiência não se improvisa. Ela se conquista no dia a dia, nos pequenos ajustes e na transformação consciente de cada tropeço em aprendizado.

Pense em João Carlos Martins, maestro que superou lesões e reinvenções até dominar o piano de novo. Ou no chefe da sua pizzaria predileta, que testou receitas incansavelmente até acertar o ponto exato da massa — hoje, cada pizza saboreada é prova viva da paciência e do cuidado.

A construção de pessoas de valor leva tempo e esforço, não surgem num passe de mágica e para mim, três deles são fundamentais para uma vida que dá prazer de viver.

  • Receptividade: ouvir quem precisa de ajuda e oferecer apoio sem esperar aplausos. 
  • Ética: agir com integridade, mesmo quando ninguém está olhando. 
  • Aprendizado contínuo: buscar novas habilidades não para ostentar, mas para melhorar processos, gerar oportunidades e impactar positivamente quem está ao redor.

O verdadeiro brilho não mora no holofote que some quando as luzes se apagam, mas na chama constante que cultivamos dentro de nós. 

E você, meu caro leitor: qual pequeno hábito vai plantar hoje, sabendo que a colheita de valor pede tempo — e não flashes de holofote?

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